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domingo, 30 de setembro de 2007

Vidas mais



A cada momento imagino outra vida.
Serei então tudo.
Pois a vida que vivo é minha,
mas, sim, eu queria ter muitas mais.
Se criar vida não é possivel,
fico com a imaginação.

Mas não imagino outra vidas apenas,
imagino também momentos que viverei.
Nem sempre o que imagino é real,
ou na realidade é igual.
Mas imaginar é melhor do que não pensar.

Flora S.


quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Acorde(s)


Hoje, acordei.
Sim, eu acordei.
Olhei para cima e me vi.

Vi que sorria,
Que me estendia a mão,
Que cantava belas melodias,
Que tinha uma beleza maior.

Resolvi me olhar no espelho,
Fui ao banheiro.
Passei uma toalha para desembaçar o vidro.
Mirei-o.

Não vi nada como antes,
Tinha um rosto cansado,
Lagrimas a escorrer,
Com cabelos desgrenhados
E uma profunda tristeza.

Olhei para cima novamente,
Resolvi ficar por aqui.
Ao invés de ir atras do belo,
Quero mesmo é melhorar o reflexo.

Flora S.



terça-feira, 25 de setembro de 2007

Eu nada, tu nadas



A gente espera que um dia se acredite em filosofia igual se acredita em Deus. Não são muitos, mas ja são alguns. E de pouco em pouco se completa uma multidão. Mas isso ja se parece muito com o ditado popular da galinha. E galinhas não poderão fazer parte da multidão, pois sua filosofia de ser é bem diferente.
Outra coisa diferente é o fato de colocarem ovos, assim como os patos. Mas os patos são mais interessantes, pelo menoes eles nadam. Não em mares ferozes, mas em laguinhos e poças. Quem nada em mares ferozes são os tubarões e os navios. Tubarões são animais muito inteligentes, apesar de ninguem admitir isso.
Navios. Nossa, ja perdi a conta de quantos filmes se têm com navios naufragando. O primeiro de que me lembro é do "Titanic". "Titanic" me lembra Leonardo de Caprio, o que eu associo com o filme "Os infiltrados". Que, por sua vez, associo ao ator Matt Damon.
Mas o Bourne dos filmes não me lembra muitas coisas. Me lembra sim do "O Bom Pastor", mas seu par romântico era a Angelina Joulie. Quando penso que agora ela não esta mais tão bonita com era fico até triste. Eu que queria ser ela quando crescesse.
Meu texto começou do nada. Vai terminar em nada. Vai dar em nada. Sera um nada.

Flora S.


domingo, 23 de setembro de 2007

Felicidade



Eu queria fazer da vida mais do que ela é. Mas nem por isso irei fazer caso de como o é. Eu ja disse tantos querias e gostarias. Ainda escrevo a lista do que fiz. Vou passando folhas, pulo algumas, deixo algumas em brancas para depois preencher. Algumas eu quero preencher agora, mas não posso, ainda não é hora.
Descobri que nem tudo pode ser feito na hora em que se quer. Que nem tudo pode ser adiado. Que nem tudo é para ontem. Mas descobri também, que eu sou apressada. Que atropelo linhas e capitulos. Mas resolvi recomeçar a historia.
Quando escrevi um novo primeiro capitulo percebi algo. Percebi que nunca poderei apagar os que ja escrevi, pois sem eles eu não seria eu. Resolvi escreve um segundo volume. Um volume maior, mais grosso e que dispensa continuações. Mas ainda o escrevo, ainda leio as paginas escritas. Ainda escrevo novos ditos.
Queria entender o porque de quando o tempo passa as pessoas deixam de ver a beleza cotidiana. A vida deveria ser cheia de surpresas, mesmo que comuns. Mas ainda assim percebo na alegria das crianças. Porque elas não precisam de muito para ser feliz. Queria saber o porque de desaprendermos a ser feliz.
Mas tudo isso apenas quando o(s) livro(s) terminarem. O que faço então é esperar.

Flora S.


sábado, 22 de setembro de 2007

Dias sim, dia não


Quase um mês. Ainda não encontrei um cantinho ao sol, um lugar onde me sentar. A janela é linda, mas se la me sento corro o risco de cair. Ainda assim eu tento. Todo dia eu tento, todo eu dia eu me sento.
Daqui a vista é bela. Arvores e céus entrecortados pela fumaça dos aviões.. As folhas que voam com o vento e começam a se amarelar. O arco-iris azul. O pinheiro que se faz despontar.
Estou indecisa, novamente. Existem os dias em que escrevo imediatamente. Hoje escrevo e apago. Acrescento e corto palavras. Mudei, ontem não sabia de nada. Hoje sei que sei, por isso não consigo me concentrar.
Tem um livro ao meu lado. Fala de filosofia. No computador, o texto de historia. Minha mochila guarda o dever de alemão. Minha mente segura outras tantas matérias. Meu ipod lembra-me do português. O celular fala em inglês.
O no ainda existe, mas começa a afrouxar. Minha cabeça voltou a pensar, disso tenho certeza. Meus neurônios voltaram a funcionar, trabalham. Esse é o momento certo para tentar, para conseguir. É isso o que vou fazer. Vou viajar. Inté! Estou me preparando para tentar.

Flora S.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Paralem



Merci.
Adieu.
Licença.
Bom dia.
Boa noite.
Sanduiche.
Bom apetite.
Desculpe-me.
Coisas comuns,
De meu dia ou do seu.
Para sorrir ou esquecer.
Para que te chamem de bêbada,
Ou para que digam que tenha problemas.
Alguns acreditam que você mudou,
Outros acham você esta do mesmo jeito que ha alguns anos atras.
Esperemos que mudemos.
Acreditemos que não.

Flora S.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Momento frases

Agora eu digo que estou sem palavras, amanhã terei palavras demais.



A memoria é composta por retratos falados.



Sorrir pra vida não significa receber o sorriso de volta, mas pelo menos um aperto de mão.

Flora S.

O vôo neutro


Observo o teto. Me lembro dos conselhos. "Não o observe, faça algo mais", todos diziam. Mas penso melhor. Contrario a deriva e o dito, deixo meus olhos percorrerem o tom neutro. Deixo-me alar. Vôo sobre a parede diagonal.
Ainda estou aqui, ainda olho o bege. Mas minhas idéias fluem. O caderno torna-se necessário. Dou uma outra olhadela para ter certeza de que ele continua ali. Está.
Meu limite é ele. Não posso sair daqui de baixo. Mas posso passar por cima. Observo o azul do céu. Observo as nuvens de algodão. Vejo as pessoas lá em baixo. Vejo o bege do alto. Tão alto que não consigo alcança-lo. Perdi minhas asas.

Flora S.



quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Infância



Não faz nem um minuto, olhei para o lado. Descobri que não sou mais criança. Ma lembrei de olhar pernas e procurar cabeças. Era essa a minha sensação dois minutos atras.
Me sinto com dois anos, mas mais velha ainda. Tenho dez anos, ou serão quinze? Apenas sinto-me muito mais nova, muito mais velha. Sou jovem, sou antiga. Sou madura e sou criança. Sou de todas as eras e idades.
Mas a que mais me agrada é a infância. Quando tudo é novidade. Quando eu podia errar sem medo. Por que agora tenho tantos medos? Tantos anseios? Não posso mais fingir que não entendo.
Assumo meus erros e meus acertos. Mas como queria esquecê-los. Não posso, não agora. Poderia se fossem dois minutos atras. Mas agora, agora não sou mais criança.

Flora S.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Não sei porque, mas essa foto foi a que mais gostei até agora.




Essa sou eu em Baden, ontem.


Depois de pedir a uma senhora, que gentilmente segurou a câmera mas não tirou foto nenhuma, conseguimos uma foto com todas juntas!
Da esquerda para a direita:
Adeola (Italia), Ece (Turquia), Feliza (Venezuela), eu e Vanessa (BRASIL).

Assim me despeço, com mais um mini texto de palavras curtas:


Nada de Socrates

Sobre a vida de Suiços, nada sei,
Nem mesmo de brasileiros sei.
A sensação de saber eu experimento.
Se me perguntas eu respondo corretamente.
Se me pergunto penso:
Não sei.


Flora S

Carpe Diem

De frases curtas e palavras meias,
De sonhos e pensamentos seja,
De sorrisos e curtos risos.
De poucos e muitos,
De ambíguos e bíguos,
De inteiros sem meios,
De alguéns sem negações,
Tudo isso quero ser,
Tudo isso já sou.

Mas paradoxo, não sou.

Flora S

domingo, 9 de setembro de 2007

Sem nada



Para todos:
Para aqueles que me dizem eu te amo,
Para os que não o dizem,
Para os que dizem que sentem minha falta,
Para os que prestam assistências ao meu ego,
Para os que ousam
Para os que eu amo.




A inspiração pode não estar presente,
Mas eu estou.
Não sei se de espirito ou alma,
Mas de corpo tenho certeza.




A tinta da caneta falha,
Mesmo sabendo que computador nem tinta tem.
Talvez por isso aqui escreva.




Não sei,
Mas o que sei?
Por que sei o que sei?
Perguntas que alguns fizeram,
Que outros fazem.




Um poema-texto,
Algo sem nexo,
Sem anexo,
Sem continuidade.

Flora S.




quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Dois por um

Ponto quebrado
Pequenas partes do meu dia são azuis, outras são vermelhas.Não o azul da tristeza, nem mesmo o vermelho do sangue da batalha. Mas o azul do sorriso branco e o vermelho da bandeira do pais que guerreia. Então eu olho ao meu lado e vejo o verde e o amarelo. Um verde de paz, um amarelo do sol. Não se parecem nada com o verde musgo e o amarelo que incomoda.
Meu pensamento voa, vai longe. Mas é impedido pela barreira criada pelo silêncio dos campos onde tentam dormir os soldados. O pensamento vai até o meio do caminho, o resto apenas é permitido para os que estão do outro lado. Por que não podemos pensar as mesmas coisas? Quem criou a regra da quebra de idéias?
Ninguém sabe responder, nem de meu lado, nem do outro. Não sei ao certo se todos me escutaram. Se meus ideais alcançaram freqüências tão dispares eu não sei. Mas de tanto pensar em "nãos" me canso.
Quem dera pudesse sorrir e pensar apenas no sim do dia. No sorrisso da vida. Mas me mandaram à batalha. Quem sou eu para pensar outro não?
Ser humano
Se a vez fosse do avesso,
talvez o avesso deixa-se de avesso ser.
A ver se seria ou não avesso,
deixei-o no avesso.
Porque avesso não quero ser.


Flora S.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

O acento do teclado.

Procurando o acento do teclado.

É aqui dizia o Oãoj, é ali dizia a Airam.
Como não falava oãmela apertei tudo o que pude.
Escutei um barulho, a tela ficou preta. Não sabia o que fazer.
E, depois de muito tentar pressionar o botão de ligar, fez-se a luz.
E a tela voltou mais bela do que nunca,
Mais colorida do que imaginava.
Dessa vez, eu entendia tudo,
E não era porque as letras estavam em outra augnil.

domingo, 2 de setembro de 2007

Switzerland

O aperto causado pelas saudades não passa,
No entanto a novidade é tanta que ameniza.
A falta de português faz a musica brasileira ficar tão bela...
Falta de ritmo, de alegria, de calor humano.

Presença de estranhos,
de novas cores e letras.
De novos dialetos e musicas.
Nova cama.

Um quarto colorido,
uma casa pintada,
uma chave esburacada.
Tudo é novo.

E espero que continue-o sendo.