Ponto quebrado
Pequenas partes do meu dia são azuis, outras são vermelhas.Não o azul da tristeza, nem mesmo o vermelho do sangue da batalha. Mas o azul do sorriso branco e o vermelho da bandeira do pais que guerreia. Então eu olho ao meu lado e vejo o verde e o amarelo. Um verde de paz, um amarelo do sol. Não se parecem nada com o verde musgo e o amarelo que incomoda.
Meu pensamento voa, vai longe. Mas é impedido pela barreira criada pelo silêncio dos campos onde tentam dormir os soldados. O pensamento vai até o meio do caminho, o resto apenas é permitido para os que estão do outro lado. Por que não podemos pensar as mesmas coisas? Quem criou a regra da quebra de idéias?
Ninguém sabe responder, nem de meu lado, nem do outro. Não sei ao certo se todos me escutaram. Se meus ideais alcançaram freqüências tão dispares eu não sei. Mas de tanto pensar em "nãos" me canso.
Quem dera pudesse sorrir e pensar apenas no sim do dia. No sorrisso da vida. Mas me mandaram à batalha. Quem sou eu para pensar outro não?
Ser humano
Se a vez fosse do avesso,
talvez o avesso deixa-se de avesso ser.
A ver se seria ou não avesso,
deixei-o no avesso.
Porque avesso não quero ser.
Flora S.
3 comentários:
Te escutei. O vôo do pensamento ajuda nas mudanças das barreiras. Elas não são fixas. São móveis. Beijos.
Garota, já entende de cores? Então responda, rápida e urgentemente,
qual é a cor rua, mesmo? E do lençol que cobre sua cama?
Seu umbigo se sujou de marrom ou da linha do pijama?
De que cor é um umbigo? O que tem o umbigo com isso?
Glória
Grande diário, grandes constatações.
Acho que as suas frequências venceram a barreira do som, e deixaram os soldados adormecidos. Conheço algumas de suas cores e dos seus avessos. Até agora, o texto do acento no teclado foi o mais genial.
Encontrou alguma coisa linda perdida nas rachaduras da parede? Corre aqui e me conta.
Morro de saudades, mas olha você aqui! =D
Beijos,
Ana. (eu, oras!)
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