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domingo, 29 de junho de 2008

And so


Falta a criatividade.

Falta o lápis e a caneta.
Mas sobraram outras tantas coisas.
Adiós.

Flora S.

A partir de agora você é fã de snoopy

Lucca F.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Beijinho Gostoso

E hoje, na frente da portaria do condomínio havia uma menina. Com seus dez anos inocentes ela vendia "beijinhos gostosos" por um real. E eu imaginei como seria frustante ficar todo um dia lá sem conseguir vender ao menos 3 reais, acho que isso até seria uma boa quantia para a idade dela. Um chocolate e alguns chicletes. Infelizmente, dessa vez eu não pedi a meu pai que parasse o carro. Eu não tinha um real, não tinha balas ou outras guloseimas. Não tinha disposição e nem queria um "beijinho gostoso" existem melhores beijos na vida, que não comprados. Além disso, minha disposição não era das melhores. Acabara de ver minha irmã e meu sobrinho.
Sério, um carro parou. Uma senhora com seu neto. Até que para o menino seria vantajoso, ele poderia contar para todos que recebera um beijo de uma menina linda e super simpática. Se é que simpatia conta hoje. Bom, eles pararam e eu imaginei que deveria ter parado também. Afinal, com dois reais seria um pacote de biscoito a mais. E o que custa um real e receber um beijo de uma menina quando se vê o olhar de felicidade e o som do agradecimento? Ah, eu não parei. Dessa vez não.
Flora S.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Perfeito



Música perfeita.
Rádio perfeita.
Pessoas perfeitas.
Filme perfeito.
Cena perfeita.
Cantor perfeito.
Horas perfeitas.
Momentos perfeitos.
Bipolaridade perfeita.

É tanta perfeição, não podia vir sozinha.
E não veio, veio com presentes e tudo o mais.
Tanta coisa no meio, tanta coisa que desespera.
O medo vai sumindo, os desafios caindo.
Ah, como é bom ver que até o meu perfeito é imperfeito.
E se não fosse, eu o fazia ser.

Flora S. (as always)

sábado, 14 de junho de 2008

Nova abordagem


E eu perdi os olhos nos olhos.
Eu perdi aquela frase.
Eu perdi aquela dança.
Perdi a madrugada, a noite e o dia.
Perdi o mês
E a cabeça.

Eu perdi sem ao menos ter ganho.
Eu perdi o sol e a lua.
Perdi o cantar e o chorar.
Perdi.
Perdi as memórias felizes.
Perdi o futuro do passado.
Perdi, mas hei de ganhar.

Flora S.


Na foto: poucas pessoas conhecem, mas esse é o cantor Badly Drawn Boy, recomendo.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Vermelhidão

Hoje um triste episódio de Flora entalada me lembrou de um outro episódio Flora em apuros... Mas o último ocorreu uns dez meses atrás e conta com uma privada, um bastão e uma mãe hospedeira. Claro que o acampamento no fim de semana seguinte explicou o porquê, mas o constrangimento foi único.
Imaginem alguém que entope uma privada e fica presa em uma casinha de crianças, bom, essa sou eu. Agora imaginem essa pessoa apresentar um pele naturalmente rosada (ou avermelhada segundo alguns) e ficar ainda mais vermelha... Engraçado, agora, pois nos momentos é algo bem constrangedor. Eu me lembro de um conto sobre os ingleses e logo deixo de sentir tamanha vergonha, Campos de Carvalho me consola em momentos de rubor. E digo mais, acho que estou melhorando.
Tudo bem, hoje saí com um braço e um queixo machucados. Claro que no primeiro episódio eu saí ilesa (fisicamente falando). Mas tirando o lado físico o psicológico não foi tão sufocante. Talvez por que o grau de gravidade seja outro e estava entre amigos, amigos loucos, mas amigos. Não tinha muito sobre o que falar hoje, então segue o texto de Campos de Carvalho que me consola.

Flora S.

A PONTUALIDADE BRITÂNICA É UMA PILHÉRIA

Campos de Carvalho

Meu caro.
O selo inglês é só passar a língua nele e logo gruda. Aliás, a única coisa que funciona mal aqui em Londres, pelo que vi, são os relógios públicos: cada um marca uma hora diferente, e tem até os que não marcam hora nenhuma. A proverbial pontualidade britânica é uma pilhéria: ou então cada um é pontual, mas dentro do seu próprio horário, e todos os horários são válidos. Meu pobre relógio brasileiro já ficou maluco.
O londrino, tirante os teenagers, que não tem graça nenhuma, é em geral engraçadíssimo. Apieda-se pelo fato de você não ter agasalho próprio para o frio glacial que está fazendo. Perto dos franceses, são educadíssimos (o que não é nenhuma vantagem), mas também ignoram a sua existência, a menos que você se ponha a gritar no meio da rua Help! Help! – o que estou sempre fazendo. As mulheres são bonitas, surpreendentemente bonitas, mas todas iguais; já os homens não me agradam, e espero que eu lhes agrade ainda muito menos. Até os cachorros fumam cachimbo e trazem o olhar perdido no horizonte; educadíssimos: ainda não vi um cachorro sequer olhando para um poste.
Londres, pode escrever, é a cidade mais limpa do mundo: até os lixeiros aqui são impecavelmente limpos. Se você joga um pedaço de papel na rua, logo vem o guarda e o admoesta num perfeito inglês de Oxford; depois vêm os repórteres de tudo quanto é jornal e da televisão para entrevistá-lo e saber a que tribo selvagem você pertence; e depois finalmente vem o exército da salvação e se põe a entoar cânticos pela redenção de sua alma. Antes de sair de casa já cuspo 20 vezes seguida por medida de precaução – e se me acontece ficar com um pedaço de papel na mão em plena rua, entro simplesmente na primeira agência do correio e despacho-o para uma das ilhas Malvinas, com o selo da rainha e tudo. As casas, aqui, de tão limpas parecem até feitas de porcelana: não sei se o mesmo acontecerá no sonho ou nos bairros ainda mais pobres: suponho que não. A verdade é que não existe a menor relação entre o mendigo londrino e um mendigo digamos do Rio de Janeiro; o mendigo aí londrino passaria por lorde e seria recebido com um five o’ clock tea pela academia brasileira de letras: muito mais justo, aliás, do que muitos outros chás de que já tenho ouvido falar.
Comprar cigarros em Londres é um drama: você tem que ir à Escócia. Tem casa de tudo aqui perto do meu hotel, até de incenso indiano ou de figas da Guiné: só não tem tabacaria. Parece que o puritanismo inglês se fixou todo no combate ao fumo e ao tabagismo, e até já me explicaram algo parecido com isso; os poucos cigarros que lhe vendem são todos fraquíssimos e é preciso você fumar o maço inteiro, inclusive o próprio maço, para ter a leve sensação de que algum dia alguém passou fumando por você. O que salvam os mendigos londrinos são os turistas, sobretudo norte-americanos, que sempre jogam disfarçadamente uma guimba ou outra no meio-fio, longe dos olhares inquisidores e cobiçosos do guarda na esquina. Dizem que o fog londrino desapareceu de uns tempos pra cá, por motivos meteorológicos e outros que ninguém sabe ainda explicar: a verdade verdadeira é que o que desapareceu mesmo foi a fumaça dos cigarros e dos charutos, a minha inclusive, para total desespero dos cancerologistas ingleses do pulmão.
O londrino tem em média dois metros de altura, do que resultam sérios problemas para quem, como eu, tem pouco mais da metade: isto porque as coisas aqui foram feitas para ele e não para mim, evidentemente. Assim por exemplo, para apertar o botão do elevador tenho que me colocar na ponta dos pés e depois de alguns minutos pedir o auxílio de alguém por perto, alegando naturalmente que pertenço à troupe de anões do circo. Os mictórios públicos batem exatamente na altura do meu queixo e assim acabo urinando é mesmo no chão, onde pelo visto já andaram urinando antes de mim outros brasileiros, ou pelo menos algum cearense. Uma mulher londrina dá para dois homens brasileiros tranqüilamente e ainda sobra um pouquinho para o dia seguinte: mas nem por isso deixam de ser lindas, assim como é lindo o Everest. Agora é que eu compreendo por que o inglês (a inglesa) tem fama de ser uma criatura distante, quase inacessível.
O abraço do
Campos de Carvalho

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Garoto Luiz

Eu fui dormir pensando no que escreveria aqui hoje. Acordei pensando na mesma coisa. Bom, digamos que essa segunda eu recebi uma ligação ultra especial de um Luiz mais que feliz. Os créditos estavam sobrando, até aí não há nada de estranho. Ontem descubro que o (in)feliz faz aniversário no dia 02 de junho. Que dia mesmo? Na segunda!!!

Bom, o Luiz é uma anta que me liga no seu aniversário sem me avisar que é seu aniversário, sem lembretes no orkut, sem rastros de parabéns. E eu, eu fico morrendo de vergonha e jogo tudo em cima daquela poia brigando internamente com ele. Isso acontece. Bom, vou parar de reclamar e tentar escrever alguma coisa que preste sobre ele.
O Luiz é uma pessoa incrível, sempre com aquele jeitinho tímido e aquelas piadas baixas. Tocando violáo ele se empolga. Lendo um texto bom ele começa a sorrir. Ele assiste maravilhado as maravilhas do mundo e não ousa tocá-las, pode destruí-las sem querer. Mas ele sabe fazer, ele faz letras na UFOP, ele canta, ele grita, ele corre (meio forçado, mas corre, brincadeirinha), ele toca, ele faz os outros sentirem. E depois de ter um dia normal e agitado, um dia multilíngüe em que o francês é exercitado ele vem no MSN e dá um oi. Depois de um dia cansativo ele ainda tem forças de mostrar como ele é feliz com o que faz, com o que construiu. Ele tem trinta bizilhões de amigos internacionais. Ele conhece diversas línguas, ele conta casos, ele compartillha histórias.
É, Luiz, o que seria de nós sem você? Só pra constatar, você ainda é uma anta que não aivsa o seu aniversário para ninguém.
Segue mais sobre ele, mas eu tenho aula e ainda nem tomei banho, huhuhuhu.

Flora S.