Observo o teto. Me lembro dos conselhos. "Não o observe, faça algo mais", todos diziam. Mas penso melhor. Contrario a deriva e o dito, deixo meus olhos percorrerem o tom neutro. Deixo-me alar. Vôo sobre a parede diagonal.
Ainda estou aqui, ainda olho o bege. Mas minhas idéias fluem. O caderno torna-se necessário. Dou uma outra olhadela para ter certeza de que ele continua ali. Está.
Meu limite é ele. Não posso sair daqui de baixo. Mas posso passar por cima. Observo o azul do céu. Observo as nuvens de algodão. Vejo as pessoas lá em baixo. Vejo o bege do alto. Tão alto que não consigo alcança-lo. Perdi minhas asas.
Ainda estou aqui, ainda olho o bege. Mas minhas idéias fluem. O caderno torna-se necessário. Dou uma outra olhadela para ter certeza de que ele continua ali. Está.
Meu limite é ele. Não posso sair daqui de baixo. Mas posso passar por cima. Observo o azul do céu. Observo as nuvens de algodão. Vejo as pessoas lá em baixo. Vejo o bege do alto. Tão alto que não consigo alcança-lo. Perdi minhas asas.
1 comentários:
"Asas não são perdíveis".
São Gabriel
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