Se entender um pouco mais de Clarice me tornou mais sensível, peço desculpas. Se meu amor me machucou até a última dor, então. É, amor, pequeno, grande, estranho, amor. E na janela amarelada, na teia embaraçada, me perdi. Detalhes? Assim como o mundo que passou e não vi. Perdi segundos, pequenos e ínfimos segundos. E agora sinto-me uma canção americana. Belas canções são sofrer, são doer. Belas canções que não quero ser. Ou quero?
Entender um pouco de Clarice me tirou de mim. Ou seria eu mesma quem me transformou? Confusões fazem sim mais confusões. Ao se perder na pequena mentira perde-se a possibilidade de ser confiável. Confio eu mesma em mim quando minto? Fingir se torna verossímil de tal maneira? E quando se confunde em si mesmo é você capaz de se encontrar no outro?
Perdi. Agora, nesse único segundo. Raciocínios mais rápidos que milésimos se intercambiam com memórias. Perdi o segundo todo, um segundo inteiro quando perdido faz muita falta. E que falta faz eu confiar em você quando confiar em mim ficou tão difícil. Me troquei em segundos por um outro eu, outra eu, outro, outra, eu. Me troquei por saber que ser não é. Sabendo que trocar mascara a dor.
Silêncio
Explode em mim, alívio meu. Alivia o bem, arranha o mal. Donde vou? Donde vim? Devo eu fazer sentido? Perdi.
Adeus, segundo triste. Vou agora pensar naquilo que me cabe, no incubido, no segundo estranho, em besteiras. Agora serei mais eu, serei Bem, bem eu. Agora, aqui estou. Adeus, perdi, adeus. Adeus. Toc.
Flora S.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Amanhã
Postado por Flora às 20:27
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2 comentários:
Perdi!
Uau, que beleza de texto... aliás, textos... me desculpe por usar esse espaço para assuntos não "blogais", mas é que não tenho seu e-mail, msn, cel e afins... preciso falar com vc sobre nosso trab. de assessoria de comunic. pra amãnhã.... vou estruturar o texto, mas não sou mto boa em ppt... queria um help.... bjssss...
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